O clima é um fator extremamente decisivo para a produção agrícola. Nos últimos meses, foram registradas altas temperaturas e anormalidades hídricas (falta ou excesso de chuva) em várias regiões do país. Essas irregularidades climáticas são ocasionadas pelo fenômeno El niño. O calor excessivo e a baixa umidade do solo são alguns dos fatores climáticos que interferem diretamente na fase de maturação, no desenvolvimento e no potencial produtivo das plantas.
A semeadura em situações climáticas anormais pode afetar a qualidade e o desenvolvimento da planta; o excesso de calor e a falta de chuva faz com que a temperatura do solo fique acima do ideal e a planta atinja o ponto de murcha, causando secas temporárias ou até permanentes das plantas, em situações mais críticas. Assim como o excesso demasiado de chuva, causam problemas na germinação das sementes pela grande absorção de água que inibe a entrada de oxigênio e desestimulam o enraizamento das plantas pelo excesso de água na superfície do solo, fazendo com que as plantas sofram com os veranicos e com estresse hídrico durante as fases de desenvolvimento, e prejudicam o manejo no tempo correto deixando as plantas mais suscetíveis a doenças e pragas. Esses fatores podem fazer com que haja replantio em algumas áreas, aumentando o custo de produção ou até mesmo que os produtores deixem de plantar, ocasionando perda de produtividade.
Nesse contexto, a espera por melhores condições climáticas, fez com que houvesse atrasos no plantio das culturas da safra verão 2023/2024. A semeadura seguiu em ritmo desacelerado nas regiões onde houve estresse hídrico, calor intenso e excesso de chuva. Com isso, o ciclo das culturas de verão tende a ser maiores, a colheita mais tardia e a produtividade abaixo do esperado. Como consequência, provocar atrasos no plantio da safrinha, ocasionando baixa produtividade por conta do cultivo tardio. Para contornar esse cenário, o plantio direto com palhada e áreas com pivô, surgem como boas alternativas.
